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Governo do Paraná decreta intervenção administrativa feita por militares nos pedágios investigados

Postada em: 04/10/2018 Atualizada em: 04/10/2018 13:39:09 Número de visualizações 1807 visualizações
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Governo do Paraná decreta intervenção administrativa feita por militares nos pedágios investigados

Governo do Paraná decreta intervenção administrativa feita por militares nos pedágios investigados pela Lava Jato

Anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (4), em Curitiba. Interventores são coronéis da reserva da PM, conforme o secretário de Infraestrutura e Logística, Abelardo Lupion.

O governo estadual decretou intervenção administrativa, que será exercida por militares reformados, nos pedágios do Paraná que são investigados na Operação Lava Jato.

O anúncio foi feito pelo secretário de Infraestrutura e Logística, Abelardo Lupion, na manhã desta quinta-feira (4), em Curitiba.

Os interventores são coronéis da reserva da Polícia Militar (PM), de acordo com o secretário. Os nomes deles devem ser divulgados na sexta-feira (5).

Lupion explicou que os interventores terão a obrigação de buscar informações nas seis sedes das concessionárias.

"Todos os interventores serão coronéis reformados com prestígio dentro da sociedade que se apresentarão amanhã. Eles serão o olho do Estado e o olho da Justiça dentro das praças. O Ministério Público poderá recorrer a eles para qualquer informação porque nós entramos na ação. Nós hoje, o Estado, fazemos parte dessa operação", disse o secretário.

A medida foi adotada por decreto da governadora Cida Borghetti (Progressistas). Ela concorre à reeleição.

Conforme o governo estadual, a intervenção foi recomendada pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

A intervenção terá prazo de 180 dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período.

O G1 espera o retorno da Associação Brasileira de Rodovias (ABCR) para comentar o assunto.


O papel dos interventores

Os seis oficiais trabalharão dentro das concessionárias para impedir a continuidade dos atos ilegais e irregulares, segundo o governo estadual.

Ainda de acordo com o Governo do Paraná, os interventores vão facilitar o acesso das autoridades aos documentos das empresas e garantir respostas à Justiça dentro dos prazos.

Os interventores também vão, conforme o governo estadual, aprimorar a aferição do fluxo de veículo. Outra função deles será a instalação de um conselho local de usuários.

O Governo do Paraná informou que a determinação de Cida Borghetti visa garantir transparência e colaboração com a apuração dos fatos e com a Justiça.


Questão eleitoreira

Ao ser questionado, durante a coletiva de imprensa em que houve o anúncio da intervençao, se a atitide estava relacionada às eleições, Lupion garantiu que não.

"Esse é um ato que não tem nenhum tipo de atitude eleitoreira", afirmou o secretário.

Ele ainda disse que a governadora teve um "ato de grandeza" ao não estar presente na coletiva, justamente porque o governo estadual não querer que o decreto se torne eleitorerio.

Lupion também ressaltou que o Estado não pode e nem tem o direito de ficar parado.

"Qual for o governador ou governadora que assumir, terá 180 dias para poder fazer esse papel. Nós vamos estar aqui para cumprir exatamente a legislação, a constituição e a leis que nós, quando assumimos as secretarias e os agentes de controle, fizemos o juramento de poder respeitar", disse.


Lava Jato

A Operação Integração II, como foi batizada a 55ª fase da Operação Lava Jato, foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 26 de setembro.

Pepe Richa, irmão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), está entre os presos. A prisão dele, inclusive, foi convertida para preventiva – que é por indeterminado – no sábado (29).

Outras quatro pessoas também tiveram a prisão convertida para preventiva. São elas: Ivano Abdo, Elias Abdo, Evandro Couto Vianna e Cláudio José Machado Soares.

Esta etapa da Lava Jato investiga irregularidades na concessão de rodovias pegadiadas do Paraná.

São investigados crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato em um esquema relacionado à administração das rodovias federais no Paraná, no chamado Anel da Integração.

Um dos esquemas, intermediado pela ABCR, movimentou R$ 240 mil mensais em 2010 em propina, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

Para a deflagração da operação, foram três mandados de prisão preventiva e 16 de prisão temporária expedidos, além de 73 mandados de busca e apreensão.

Entre os materiais apreendidos pela PF na operação há documentos, contratos, celulares e computadores. Em algumas empresas e órgãos públicos, houve extração de dados do sistema, de acordo com a polícia.

Fonte: G1 Paraná

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