Após uma série de ataques a mulheres na região do Bairro São Cristóvão, em Medianeira, a Polícia Civil iniciou uma investigação para identificar e prender o autor dos crimes. Na madrugada de 23 de setembro, uma adolescente de 17 anos foi a última vítima do maníaco. Além de ter o celular roubado, a menor foi violentada sexualmente.
O delegado Denis Zortea Merino enfatiza que uma equipe foi designada especialmente para elucidar os casos. "Diante da gravidade dos crimes, designamos investigadores do GDE para trabalharem exclusivamente no caso", explica o delegado.
Os investigadores conseguiram imagens de câmeras de segurança que gravaram o momento em que o acusado seguia a vítima na marginal 24 de outubro. As diligências prosseguiram até que o acusado foi identificado. Em seguida, os policiais direcionaram a investigação no sentido de recuperar o celular roubado da adolescente. Quando localizaram o aparelho, descobriram que o celular já estava com uma terceira pessoa. Ao ser encaminhado para a delegacia, o comprador do aparelho informou que não sabia que o mesmo era roubado. Ao ser mostrada a fotografia do acusado de estupro para o comprador, ele o reconheceu categoricamente como sendo a pessoa que lhe vendeu o celular.
Segundo informou o delegado responsável pelo inquérito, com os indícios já apurados pelos investigadores, foi solicitado ao Poder Judiciário o mandado de prisão temporária do acusado. "A dificuldade em resolver totalmente o caso deu-se em razão de que o rapaz de 28 anos e de nacionalidade paraguaia, não tem residência fixa em Medianeira", ressalta Denis Merino.
Na tarde desta segunda-feira, os investigadores localizaram e prenderam Ruben Matilde de Oliveira. Ao ser abordado, ele chegou a mentir o nome para os policiais, mas em seguida foi confirmada a sua identidade e dado cumprimento ao mandado de prisão. Na delegacia foi realizado o procedimento de reconhecimento e, de acordo com a polícia, a adolescente não teve dúvidas em apontá-lo como o autor do crime. Outras vítimas foram chamadas e também reconheceram o rapaz. Algumas não conseguiram ver o rosto do acusado no momento do ataque, por isso não tiveram condições de reconhecê-lo.
O delegado Denis Merino enfatiza que as investigações ainda terão prosseguimento e não descarta a possibilidade de surgirem mais vítimas, tendo em vista que a prisão do acusado pode encorajá-las a comparecer à delegacia.
Fonte: Guia Medianeira