Após compartilhar frequentemente muitas notas relacionadas à apreensões de caixas e caixas de vinho (que mais parecem notícias repetidas, embora não sejam), principalmente no sudoeste do estado, algumas pessoas perguntaram sobre a destinação da mercadoria.
Conversamos com a superintendência da Receita Federal do Paraná e de Santa Catarina, que tem sede em Curitiba, e a resposta foi:
“Os vinhos têm sido destinados à fabricação de álcool 70%. Já tivemos várias doações para universidades, em Palotina, Guarapuava e Francisco Beltrão”.
De acordo com auditora-fiscal da Receita Federal, Giovana Longo, a Alfândega de Dionísio Cerqueira (SC) também doa as bebidas para a fabricação de álcool e álcool gel.
Uma destas doações ocorreu entre os dias 2 e 4 de junho, quando foram entregues 14.418 garrafas de bebidas alcoólicas para a Unicentro, em Guarapuava. Deste total, 11.548 garrafas eram de vinho.
Para gente ter uma ideia, só neste ano, a ALF de Dionísio Cerqueira (para onde são encaminhadas muitas das apreensões feitas no sudoeste do Paraná) já destinou aproximadamente 17 mil litros de bebidas alcoólicas, para o mesmo propósito.
Doação para a UTFPR de Francisco Beltrão
Outro exemplo: em 22 de junho, em mais uma ação de cooperação de esforços para minimizar os impactos provocados pela pandemia do Covid-19, a Delegacia da Receita Federal em Joaçaba (SC) doou 857 garrafas de bebidas alcoólicas à Universidade Tecnológica do Paraná – UTFPR de Francisco Beltrão/PR. Tudo foi transformado em álcool gel 70%.
Além disso, também em junho, a Alfândega da Receita Federal de Foz do Iguaçu repassou para a UFPR em Palotina, mais de 3 mil litros de bebidas. Entre eles, cerca de 900 litros de vinho que entraram ilegalmente no Brasil.
Ou seja… todo o vinho está indo parar nas nossas mãos, pela nossa saúde. Não importa o preço, nem a fama.
Fonte: Cris Loose, com informações da Superintendência da Receita Federal, em Curitiba.