Iniciamos uma série de entrevistas com pessoas que contraíram a covid-19, estiveram internadas, sendo que alguns passaram por ‘maus momentos’, mas venceram a Covid-19.
As entrevistas objetivam alertar a população, pois o vírus permanece entre nós, e também valorizar o trabalho da equipe do Hospital Nossa Senhora de Fátima de Missal, que está com ‘ala covid’ habilitada pelo SUS para tratamento completo - vinte leitos clínicos e três UTIs, atendendo pacientes de Missal e região - quando não há vagas disponíveis em outros hospitais.
Chada
Nosso primeiro entrevistado é Ademar Jauer, o Chada, 52 anos, empresário, reside na cidade de Missal.
Sintomas
Ele teve os primeiros sintomas da covid-19 entre os dias 9 e10 de março. “Fiquei quase uma semana com sintomas como febre e mal estar. Daí a febre ‘sumiu’ mas iniciou a tosse, que aumentou rapidamente. Fui no ‘Sentinela’ (local destinado aos exames de covid-19 e consulta médica e medicação, se necessário). Lá a médica me falou que deveria ir imediatamente ao hospital e internar, pois percebeu que o pulmão não estava bem”.
Internamento
Chada internou e relata que “nos dois primeiros dias de internamento até que não estava tão mal, mas daí agravou, já praticamente nos últimos dias da covid. Precisei de oxigênio, sendo que na sexta-feira (dia 19) fui para Medianeira fazer outro exame do pulmão e foi constatado um derrame vascular, e que precisaria ir para UTI, pois senão não resistiria. Não fui para a UTI, pois a equipe médica me medicou e eu ‘apaguei’. Quando acordei já estava melhor e, no dia seguinte foi reduzido o oxigênio e no domingo recebi alta”.
O primeiro raio-x feito no internamento mostrou 75% do pulmão comprometido, já quanto ao segundo, Chada só soube do resultado quando recebeu alta.
Atendimento do hospital
“O atendimento de toda equipe do Hospital Nossa Senhora de Fátima foi excelente, inclusive me parece que como o hospital é aqui em Missal, onde praticamente todos se conhecem, ajuda no tratamento pois o relacionamento é próximo e, normalmente a pessoa que está internada ao seu lado também é conhecida, e tudo isso traz mais tranquilidade, uma confiança maior”, afirma Chada.
Ele também ressalta que “gostaria de agradecer e elogiar, mais uma vez, todas as pessoas que trabalham no hospital, pelo excelente trabalho que estão realizando neste momento com relação a covid-19, pois dão muita atenção a todos. Obrigado a todos vocês”.
A covid-19
Como muitos, Chada também não sabe como ‘pegou’ a covid-19, mas acredita que seja no trabalho em seu restaurante/lanchonete. “Deve ter sido na lanchonete, pois o fluxo de pessoas é grande e mesmo com todos os cuidados estamos muito expostos. No mês de outubro de 2020 minha filha contraiu o vírus - só ela da família e nenhum funcionário. Dessa vez, só eu, mais ninguém (nem família, nem funcionários).”.
Alerta
Sobre a covid-19, Chada afirma que “pelo que se ouvia de muitas pessoas é que era uma coisa simples, que a mídia estava fazendo muito alarde, mas quem ‘pega forte’, como eu peguei, sabe que ‘o negócio’ é violento, pois vejo agora que se ficasse mais um dia em casa, sem procurar ajuda médica, em não teria escapado, portanto, quanto antes procurar atendimento médico é melhor”, conclui.
Fonte: Portal Missal