O grupo pede apoio da Administração Municipal para reivindicar intervenção junto a Sadesul por conta dos prejuízos financeiros
Um grupo de empresários de Missal, sob alegação de falta de pagamento da empresa Sadesul, se reuniu na manhã de hoje (29), na sede da Acimi (Associação Comercial e Empresarial de Missal), com a administração municipal em busca de apoio. O prefeito de Missal, Adilto Ferrari, juntamente com a secretária de Administração, Aline Luzzi, assessora jurídica da prefeitura, Andressa Waltrick e vereadores, compareceram e ouviram as reivindicações.
Entre as definições da reunião, focou definida que uma comissão formada pelos empresários lesados irá dialogar com a empresa para buscar alguma solução e aproximar um diálogo com a própria Administração Municipal.
Também foi questionada a empresa Cositrans, que contratou a Sadesul para os serviços de construção de torres (linhões) de energia elétrica. A licitação feita pela União foi vencida pela Cositrans.
O prefeito Ferrari garantiu que fará o possível, colocando a assessoria jurídica do município a disposição, e o que for necessário, para que nenhum empresário do município saia prejudicado por eventuais faltas de pagamentos. “Estamos aqui para defender nossas empresas de forma geral, independentemente do ramo, e que venderam seus produtos ou prestaram serviço e estão sem receber. Claro que temos que reconhecer que essa falta de pagamento vem ocorrendo há pouco meses, que a empresa gerou empregos e renda, porém o município também deu sua contrapartida, como na área da saúde. Então, por isso estamos aqui apoiando nossos empresários no que for do nosso alcance”, afirmou o prefeito.
A empresária Elci Scherer afirmou que durante quase um ano a parceria com a Sadesul caminhou normalmente. “Trabalhamos durante quase um ano em uma parceria interessante, e a empresa ofereceu empregos e ajudou a movimentar o comércio, porém há dois meses estamos tendo problemas quanto ao pagamento por parte da empresa e, são valores bastante elevados, o que nos preocupou muito, sendo que a gota d’água foi essa transição: a Sadesul deixou de estar aqui e uma outra empresa assumiu as obras, porém não as dívidas”.
E não são apenas empresários de Missal que estão “a ver navios”. Fornecedores de outros estados, como Minas Gerais e Bahia, estão sem receber.
Um exemplo disso é a empresa que serve as refeições, de Minas Gerais, que tem mais de R$ 800 mil para receber, sendo que no comércio de Missal, onde adquiri os produtos para fazer as marmitas, deve mais de R$ 250 mil. “Precisamos receber para pagar. Nós atendemos a Sadesul durante anos na cidade de Coração de Jesus (MG), de onde somos, e nunca tivemos problemas, sempre pagaram em dia”. A empresa servia, em Missal, em torno de 1.000 refeições por dia, somando café, almoço e janta.
Os empresários garantem que não liberarão a saída do pátio da Sadesul de utilitários, caminhões e máquinas até não ser resolvida a questão.
Fonte: Portal Missal