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Mapa da Água coloca dúvida na qualidade da água fornecida em cidades da microrregião

Postada em: 08/03/2022 Atualizada em: 08/03/2022 15:56:31 Número de visualizações 1856 visualizações
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Mapa da Água coloca dúvida na qualidade da água fornecida em cidades da microrregião

Risco de câncer e outras doenças crônicas é maior para quem bebe, de forma contínua, água com subprodutos do cloro que estão acima do limite. Missal, Itaipulândia e Santa Helena estão dentro do limite de segurança.


O Mapa da Água, divulgado na última segunda-feira (7), aponta que a água fornecida para a população de Medianeira e outros municípios da microrregião apresentava, entre os anos de 2018 e 2020, substâncias em quantidade acima do indicado para saúde humana.

Os dados que compõem o mapa são resultados de testes feitos pelas empresas e instituições responsáveis pelo abastecimento. Eles integram a base de controle do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, o Sisagua, do Ministério da Saúde. Os dados foram interpretados de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde.

Na água consumida pelos medianeirenses foi detectada uma substância acima do limite de segurança, com riscos de gerar doenças crônicas, como o câncer; e duas outras que também geram riscos à saúde.


Detecções ACIMA DO LIMITE DE SEGURANÇA na água entre 2018 e 2020:


Medianeira

Substância(s) com o(s) maior(es) risco(s) de gerar doenças crônicas, como câncer:

- 2, 4, 6 Triclorofenol (Subprodutos da desinfecção)

O 2,4,6 Triclorofenol é classificado como provavelmente cancerígeno pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Sua avaliação indica que essa substância pode produzir linfomas, leucemia e câncer de fígado via exposição oral. Pode ser formada a partir do processo de desinfecção, quando o cloro é adicionado à água. Ela é utilizada como anti-séptico, agrotóxico para preservar madeira e o couro e como tratamento anti-mofo. Também é usada na fabricação de outros produtos químicos.


Substância(s) que também gera(m) riscos à saúde:

-Ácidos haloacéticos total (Subprodutos da desinfecção)

Os ácidos dicloroacético, tricloroacético, bromoacético e dibromoacético são classificados como possivelmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. Em altas concentrações, os ácidos haloacéticos também podem gerar problemas no fígado, testículos, pâncreas, cérebro e sistema nervoso. Os ácidos haloacéticos são classificados como subprodutos da desinfecção, formado quando o cloro é adicionado à água para matar bactérias e outros microorganismos patogênicos.

-Trihalometanos Total (Subprodutos da desinfecção)

Os trihalometanos são um grupo de compostos químicos e orgânicos que derivam do metano. Ele inclui substâncias como o clorofórmio, classificado como possivelmente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). A exposição oral prolongada a esta substância pode produzir efeitos no fígado, rins e sangue. Os trihalometanos são utilizados como solvente em vários produtos (vernizes, ceras, gorduras, óleos, graxas), agente de limpeza a seco, anestésico, em extintores de incêndio, intermediário na fabricação de corantes, agrotóxicos e como fumigante para grãos. Alguns países proíbem o uso de clorofórmio como anestésico, medicamentos e cosméticos.



São Miguel do Iguaçu

Substância(s) com o(s) maior(es) risco(s) de gerar doenças crônicas, como câncer:

 2, 4, 6 Triclorofenol (Subprodutos da desinfecção)

O 2,4,6 Triclorofenol é classificado como provavelmente cancerígeno pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Sua avaliação indica que essa substância pode produzir linfomas, leucemia e câncer de fígado via exposição oral. Pode ser formada a partir do processo de desinfecção, quando o cloro é adicionado à água. Ela é utilizada como anti-séptico, agrotóxico para preservar madeira e o couro e como tratamento anti-mofo. Também é usada na fabricação de outros produtos químicos.


Substância(s) que também gera(m) riscos à saúde:

Ácidos haloacéticos total (Subprodutos da desinfecção)

Os ácidos dicloroacético, tricloroacético, bromoacético e dibromoacético são classificados como possivelmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. Em altas concentrações, os ácidos haloacéticos também podem gerar problemas no fígado, testículos, pâncreas, cérebro e sistema nervoso. Os ácidos haloacéticos são classificados como subprodutos da desinfecção, formado quando o cloro é adicionado à água para matar bactérias e outros microorganismos patogênicos.

 Trihalometanos Total (Subprodutos da desinfecção)

Os trihalometanos são um grupo de compostos químicos e orgânicos que derivam do metano. Ele inclui substâncias como o clorofórmio, classificado como possivelmente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). A exposição oral prolongada a esta substância pode produzir efeitos no fígado, rins e sangue. Os trihalometanos são utilizados como solvente em vários produtos (vernizes, ceras, gorduras, óleos, graxas), agente de limpeza a seco, anestésico, em extintores de incêndio, intermediário na fabricação de corantes, agrotóxicos e como fumigante para grãos. Alguns países proíbem o uso de clorofórmio como anestésico, medicamentos e cosméticos.


Serranópolis do Iguaçu

Substância(s) com o(s) maior(es) risco(s) de gerar doenças crônicas, como câncer:

Aldrin + Dieldrin (Agrotóxicos)

Esses agrotóxicos são classificados como provavelmente cancerígenos para o ser humano pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. São proibidos para uso tanto no Brasil quanto na União Europeia. Ambos são Poluentes Orgânicos Persistentes, substâncias que não se degradam facilmente e que se acumulam em tecidos dos organismos vivos. Além disso, eles se movimentam por longas distâncias e com facilidade pelo ar, água e solo, colocando em risco a saúde humana e o meio ambiente. O Brasil é signatário da Convenção de Estocolmo, que tem como compromisso eliminar todos os estoques e resíduos desses poluentes.


Clordano (Agrotóxicos)

O clordano pode causar distúrbios endócrinos, ou seja, alterações que afetam o sistema hormonal, de acordo com análise realizada pela União Europeia. Além disso, é classificado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde, como possivelmente cancerígeno para humanos. O uso do inseticida é proibido tanto no Brasil quanto na União Europeia. O agrotóxico é classificado como altamente perigoso pela Pesticide Action Network e faz parte da lista de Poluentes Orgânicos Persistentes, substâncias que não se degradam facilmente e que se acumulam em tecidos dos organismos vivos. Além disso, eles se movimentam por longas distâncias e com facilidade pelo ar, água e solo, colocando em risco a saúde humana e o meio ambiente. O Brasil é signatário da Convenção de Estocolmo, que tem como compromisso eliminar todos os estoques e resíduos desses poluentes.


Substância(s) que também gera(m) riscos à saúde:

Antimônio (Substâncias Inorgânicas)

O trióxido de antimônio é classificado como possivelmente cancerígeno para o ser humano pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. Os sais solúveis de antimônio, após serem ingeridos, exercem forte efeito irritante na mucosa gástrica e provocam vômito, além de cólica, diarreia e toxicidade cardíaca. Os compostos de antimônio são usados na indústria têxtil, e fabricação de plástico, adesivo, tinta, papel e borracha. Também são usados em explosivos e pigmentos. O antimônio forma ligas com outros metais, que são utilizadas em chapas de solda, tubulações, rolamentos, armas. O sulfeto de antimônio é usado em fósforos. Outros compostos são usados para induzir o vômito em casos de intoxicação, para tratamento de leishmaniose e em produtos veterinários

Mercúrio (Substâncias Inorgânicas)

O cloreto de mercúrio é classificado como possivelmente cancerígeno pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, devido ao aparecimento de tumores de estômago, na tireoide e renais em animais. Além disso, a exposição prolongada ao mercúrio afeta os rins e pode alterar o tecido testicular, aumentar as taxas de reabsorção e gerar anomalias no desenvolvimento. Os compostos inorgânicos de mercúrio são utilizados em alguns processos industriais e na produção de outras substâncias químicas. Também são usados em rituais e para fins medicinais. O metilmercúrio, um dos compostos de mercúrio orgânico frequentemente usado em garimpos para extração de ouro, é o mais tóxico e apresenta danos principalmente ao sistema nervoso e pode causar até a morte.



Os testes são feitos pelas empresas ou órgãos de abastecimento e enviados ao Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), banco de dados do Ministério da Saúde que reúne informações de todo o país.

As "substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer" são as que têm maior evidência de risco à saúde. Elas são listadas como "reconhecidamente" ou "provavelmente" cancerígenas, disruptoras endócrinas (que desencadeiam problemas hormonais) ou causadoras de mutação genética. Essas classificações de risco são da Organização Mundial da Saúde ou das agências regulatórias da União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Austrália.

Já o segundo grupo "substâncias que geram riscos à saúde" reúne todas as outras que também oferecem risco, segundo a literatura internacional e o Ministério da Saúde. Entre elas estão as "possivelmente" cancerígenas", além das que podem causar doenças renais, cardíacas, respiratórias e alteração no sistema nervoso central e periférico.

Os critérios para fixar os limites de segurança para cada substância na água são do Ministério da Saúde, assim como a lista de substâncias que devem ser testadas na água de 2 a 4 vezes por ano.

Os riscos são maiores para quem bebe a água imprópria de forma contínua, ou seja, diversas vezes ao longo de meses ou anos. Casos em que a mesma substância aparece acima do limite nos três anos analisados (2018, 2019 e 2020).



Fonte: Repórter Brasil - Mapa da Água

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