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Jair Müller e a Fanfarra de Missal, uma história que anda lado a lado

Postada em: 15/07/2022 Atualizada em: 15/07/2022 11:08:49 Número de visualizações 3214 visualizações
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Jair Müller e a Fanfarra de Missal, uma história que anda lado a lado

Jair José Muller, filiado na Ordem dos Músicos, toca percussão, bateria e instrumentos de sopro.


Jair conta que o amor pela música vem desde a infância. “Meu pai sempre contava que , desde pequeno, eu estava sempre trocando as estações no rádio atrás das músicas que mais gostava e, com 10 anos comecei a apreender a teoria musical praticamente sozinho, com 11 anos já lia partituras, tocava flauta doce, sempre tentando me aprimorar procurando informações, porque era uma época em que não era muito fácil ter acesso a informação como hoje”.


Fanfarras

“Também aos 11 anos começou a minha história com a Fanfarra de Missal, que na época era do Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis, onde fiquei de 1983 a 1991 como integrante. Nesse mesmo ano a fanfarra se tornou municipal e eu me tornei o primeiro professor regente”, lembra Jair.

Ele ficou até 1997 como regente, ano em que se mudou para o Rio Grande do Sul onde era baterista em uma banda. “Tocávamos em barzinhos, clubes, danceterias, entre outros locais, onde fiquei por quase oito anos. Aí retornei para Missal”.

Já em 2007, Jair retornou para regência da Fanfarra de Missal, sendo que no período de 2009 a 2011 também estava na regência da Fanfarra de Itaipulândia. Em 2012 também começou um projeto de flauta soprano (flauta doce como é mais conhecida), em Missal com as escolas municipais, e em Serranópolis do Iguaçu com fortalecimento de vínculos com crianças que sofreram algum tipo de abuso. O projeto ficou por quase quatro anos. Em 2017 retornou, novamente, para regência das fanfarras de Missal e Itaipulândia.

Conforme Jair, “o período de pandemia foi muito complicado, pois a fanfarra estava maravilhosa, o projeto estava caminhando super bem, sendo que agora, em 2022, começamos uma reformulação pois vários integrantes saíram, muitos por conta dos estudos em outras cidades. Estamos atualmente com uma turma bem nova, entorno de 30 componentes alguns na faixa etária de 10 a 11 anos e com integrantes de até 30 anos, mas estamos bem contentes porque são alunos que tem vontade de tocar, eles tem muita disposição, está muito interessante”.

Desde 2019 foram introduzidos na Fanfarra de Missal alguns instrumentos de sopro e, esse ano, alguns instrumentos mais melódicos como tuba, bombardino e a ideia agora, é cada vez mais, não só introduzir batidas marciais e rítmicas, mas também músicas, já está sendo preparado para a Semana da Pátria um pot-pourri  com quatro músicas, que vai diferenciar um pouco o que era a fanfarra até um tempo atrás.

“Minha ideia sempre foi todo ano agregar alguma coisa, ter sempre novidades. Queremos introduzir alguns instrumentos mais pesados e deixar de ser uma fanfarra e virar uma banda marcial (que não é uma banda mesmo e sim uma banda que utiliza os ritmos da fanfarra de uma forma mais melódica). O mais difícil hoje para que isso se torne realidade é a falta de crianças interessadas em fazer parte da fanfarra, há 20 anos atrás tínhamos no mínimo três candidatos por instrumento, hoje mal conseguimos um” afirma Jair.

Para terminar Jair frisa que a ideia principal da fanfarra é passar para os alunos disciplina, respeito, amizade e, principalmente, o trabalho em grupo, porque para ficar um trabalho bonito só funciona se todos estiverem na mesma sintonia, sempre levando beleza para o púbico missalense que abraça a Fanfarra Municipal, nunca tivemos reclamações do barulho dos ensaios, e sempre que temos apresentações a comunidade vem assistir, sempre representando muito bem o nosso município. 

A próxima apresentação da fanfarra está prevista para o próximo dia 25, que é aniversário de 59 anos de fundação do Missal, quando haverá homenagem aos pioneiros. “A fanfarra vai estar lá para a primeira apresentação do ano e dessa nova formação”, conclui Jair. 


Fonte: Portal Missal

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