Preso suspeito de torturar e matar mulher em motel de Goiás pode ser serial killer e é investigado por pelo menos outros sete crimes, diz polícia
Um homem preso suspeito de torturar e matar uma mulher em um motel de Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia, é investigado por cometer vários outros crimes. De acordo com a Polícia Civil, a suspeita é que Leandro Alves da Costa seja um criminoso em série e que tenha torturado, estuprado ou matado pelo menos outras sete vítimas no ano de 2014.
O crime em Abadia de Goiás aconteceu em outubro de 2022 e a vítima foi identificada como Deyselene de Menezes Rocha, que era garota de programa. Leandro foi preso na fronteira do Brasil com o Paraguai na última sexta-feira (6), em Foz do Iguaçu. A Polícia Civil chegou a divulgar vídeos que mostram Leandro e outros suspeitos saindo do motel em que Deyselene morreu, logo após o crime.
Além de Leandro, outro homem identificado como Wallace Alves Novais foi preso como suspeito do crime. O g1 não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
A Polícia Civil disse que Leandro também é suspeito de ser o autor de um assassinato contra uma adolescente de 15 anos, que foi achada morta com sinais de tortura em um motel em Ciudad del Este, no Paraguai. O crime contra a menina foi no dia 3 de novembro do mesmo ano, ou seja, menos de um mês após a morte de Deyselene.
A Polícia Civil informou anteriormente que uma mulher que estava com os suspeitos no motel também era suspeita do homicídio. Mas na sexta-feira (13), a corporação disse que ela passou de suspeita para testemunha do caso, após investigação descobrir que ela não teve envolvimento.
Morte de Deyselene
A garota de programa, que foi identificada como Deyselene de Menezes Rocha, foi encontrada morta carbonizada no dia 13 outubro de 2022, em um matagal em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia, com sinais de tortura, como um arame envolto ao pescoço. O caso é investigado pelo delegado Arthur Fleury.
A Polícia Civil disse que imagens do circuito de segurança de um motel perto da BR-153, em Aparecida de Goiânia, mostram quando a vítima chega ao estabelecimento em carro dirigido por Leandro. Em seguida, Wallace e outra mulher chegam ao motel e dividem o quarto com Leandro e a vítima.
Horas depois, a mulher deixa o estabelecimento andando e Wallace sai no carro, que era dirigido por Leandro. A vítima não é vista saindo do estabelecimento.
Ao observar as câmeras de segurança do motel, a Polícia Civil verificou que no banco de trás do carro havia um volume encoberto com um pano. O delegado disse que na conta paga no motel por Leandro há a cobrança de um lençol e um travesseiro, que ele teria levado do estabelecimento.
A irmã de Deyselene relatou à polícia que ela foi vista pela família pela última vez, por volta das 4h do dia 12 de outubro de 2022, quando deixou o filho aos cuidados da irmã. O corpo da vítima foi achado no dia seguinte ao desaparecimento dela, em um matagal em Abadia de Goiás, carbonizado e com sinais de tortura, como um arame envolto ao pescoço.
A corporação informou ainda que Leandro já tem passagens pela polícia por estupro, homicídio e posse irregular de arma de fogo, e que era monitorado por tornozeleira eletrônica, mas, após o crime crime contra a goiana, a rompeu e desapareceu.
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Fonte: G1