Missal
Em 1973 o casal Hermílio José Rauber e Lidvina, com os filhos, deixaram São Paulo das Missões (RS) e, seguindo os passos de algumas famílias, pais e amigos, vieram morar em Missal, mais precisamente na Linha Padre Feijó, para trabalhar na lavoura.
Naquela época a região tinha muitos moradores e decidiram abrir um comércio, uma loja de secos e molhados. "Abrimos o comércio e estávamos indo bem, até que foi decidida a construção da Usina de Itaipu, e a informação de que o lago chegaria até ali, bem perto de nós. Iniciou-se então a preparação dos moradores para deixar a região. Por necessidade também saímos, pois não haveria mais para quem vender os produtos", conta Hermílio.
A família decidiu então "trazer o comércio" para Missal em 1980 se instalando na Avenida Dom Geraldo Sigaud, sendo que logo depois adquiriu terrenos na esquina da Rua 7 de Setembro com a Brasil, e iniciou a construção onde hoje está instalado o Rauber Supermercado, que foi inaugurado em 1983.
Política
Hermílio lembra que seus pais nunca foram políticos, “mas como tínhamos o comércio aqui em Missal, fui procurado e assim entrei na política em 1988, sendo que logo depois de aceitar assumi a Arena, que depois foi PFL, Democrata e hoje União Brasil. Durante 15 anos fui presidente do partido e, em 1992 fui escolhido para ser candidato a vice-prefeito do então candidato a prefeito Luciano Kreutz. Conhecia muita gente, sendo que a campanha foi acirrada. Nos elegemos, por uma pequena diferença de votos”.
“Trabalhei por três anos e um mês na prefeitura com a equipe, vereadores, e como vice-prefeito até o final do mandato. Durante dois atuei como Chefe de Gabinete e acumulei a Secretaria de Emprego e Trabalho, sempre recebendo como vice-prefeito”, lembra Hermílio.
Na época já existiam os royalties da Itaipu, “mas vinham com muito atraso, inclusive quando entregamos o mandato, ficaram muitas parcelas para o próximo prefeito, que as recebeu”, lembra.
Candidato a prefeito
Chegou a eleição de 1996 e a hora de escolher um candidato a prefeito e vice, sendo Hermílio indicado como candidato a prefeito. “Aceitei ser candidato, pois o grupo político assim definiu, e entendo que se você está num grupo deve aceitar as decisões. Já a definição do candidato a vice foi difícil definir, sendo que a professora Elci Kunz Scherer aceitou (ela era secretária de Educação), até pelo bom trabalho que realizou entendemos ser o nome certo, porém não era política, mas mesmo assim mesmo esperávamos um apoio maior dos professores, o que não aconteceu”.
Ainda conforme Hermílio, outro fator que prejudicou foi a falta de recursos financeiros para a campanha, o que na reta final prejudicou a campanha, sendo eleito prefeito Laci Giehl.
Afastamento
Hermílio destaca que após a eleição permaneceu na presidência do então PFL por mais três anos, quando decidiu se afastar da política. “Eu estava meio depressivo e também tinha que trabalhar no meu comércio, pois as vendas estavam meio fracas, inclusive a prefeitura não comprava nada de nós. Depois voltei lentamente”.
Futuro
“Hoje tenho muito mais conhecimento da política, estaria bem mais preparado que na época que fui vice-prefeito e candidato. Continuo um soldado do partido, porém não tenho mais interesse em ser candidato, até porque meu apoio é para meu sobrinho, vereador Jair Rauber, que entendo que hoje está preparado para o executivo”, afirma Hermílio, ressaltando que agora é momento de viver a vida e trabalhar pela família.
No sangue
Hermílio conclui destacando que “a política tem que estar no sangue, pois tem muitos caminhos a seguir. Eu posso afirmar que sempre andei pelo caminho reto da política, nunca pelo torto. Outro ponto importante é que quando não ganha a eleição, não devemos ter ódio de quem nos venceu, pois a vida da gente segue, lembrando que os políticos nunca conseguirão agradar a todos”, conclui.
Fonte: Portal Missal