Dois amigos de longa data, Roberto Cassol e Ledi Maria Marchi, naturais de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, estão realizando uma jornada extraordinária ao percorrerem a Rota da Fé, um trajeto que conecta diversos pontos religiosos e naturais na Costa Oeste do Paraná. Parte da Associação do Caminho Gaúcho de Santiago, a dupla decidiu encarar o desafio a pé, trazendo consigo apenas mochilas com o essencial e uma fé inabalável.
A Rota da Fé é um dos quatro roteiros do projeto Caminhos do Iguaçu, desenvolvido pela Adetur Cataratas e Caminhos. Este trajeto único passa pelos municípios de Entre Rios do Oeste, Santa Helena, Missal, Itaipulândia e Medianeira, interligando monumentos religiosos como a Imagem de Nossa Senhora Aparecida, o Cristo Esplendor, o Monumento Nossa Senhora Aparecida e o Morro da Salete. Além de promover o turismo religioso, a rota destaca a beleza das áreas rurais, grutas e igrejas, oferecendo aos peregrinos uma experiência espiritual em meio à natureza.
Roberto e Ledi, que já percorreram 168 dos 193 km planejados, estão determinados a concluir a caminhada em Serranópolis do Iguaçu. Este feito é ainda mais significativo pelo fato de ser a primeira vez que há registro de alguém completando essa rota a pé.
Ledi Maria Marchi, que começou a fazer trilhas após se aposentar, vê na atividade uma forma de unir saúde e prazer. "Quando me aposentei, fiquei meio assim sem rumo, aí uma colega me convidou pra fazer uma trilha, isso foi em 2004. Aí eu comecei em Santa Maria e vi que eu uni a saúde ao agradável", conta Ledi. Desde então, ela encontrou nas caminhadas um propósito renovado para a vida, e a Rota da Fé se apresentou como o desafio perfeito para testar sua resistência e fé.
Roberto Cassol, que recebeu o mapa da rota em junho, aguardou ansiosamente por esta oportunidade. Ao longo do percurso, ele compartilhou suas impressões sobre as igrejas que encontraram no caminho. "Não se trata de uma crítica, mas na Rota da Fé encontramos apenas uma igreja aberta e nós passamos por mais de 15. Isso nós sentimos muita falta para conhecer a história do local", desabafa Roberto.
Apesar do cansaço e a falta de apoio ao longo do trajeto, Roberto vê a jornada como uma experiência enriquecedora e recomenda a todos que desejam iniciar a caminhada que comecem aos poucos. "Não precisa fazer os 10 dias, mas pode pegar um fim de semana e ir caminhar. Pode começar devagar e ir aumentando", sugere ele, incentivando novos peregrinos a explorar a rota.
A história de Roberto e Ledi é um testemunho inspirador de fé, amizade e perseverança. Eles não só estão desbravando um caminho físico, mas também trilhando um caminho espiritual, onde cada passo representa uma conexão mais profunda com a fé e consigo mesmos. Para saber mais sobre essa incrível jornada, assista entrevista completa com essa dupla.
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Fonte: Guia Medianeira